segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Chávez ganha direito a eleição ilimitada em referendo na Venezuela.

Chávez usa a força e influência do Estado para se manter, eternamente, no poder.

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, conseguiu uma vitória importante para seu governo no referendo deste domingo (15) ao obter o direito à reeleição ilimitada no país. Presidente há dez anos, Chávez deve voltar a concorrer em 2012, ao término de seu atual mandato.
Com mais de 95% das urnas apuradas no país, o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) divulgou que o "sim" ao referendo teve mais de 54% dos votos. O "não" ficou com pouco mais de 45%, o que garante a vitória ao governo.
"Abrimos hoje as portas do futuro. A Venezuela não voltará ao passado de indignidade", disse Chávez, diante de milhares de pessoas que acorreram ao Palácio Miraflores, em comemoração transmitida por cadeia nacional de rádio e TV. "Todos os que votaram pelo sim votaram pelo socialismo, votaram pela revolução."
A chefe da CNE, Tibisay Lucena, comemorou o resultado: "Queremos felicitar o povo de toda a Venezuela por seu comportamento cívico e democrático no dia de hoje. Foi uma jornada extraordinária", afirmou Lucena, que revelou que a abstenção foi de 32%.
Após votar, Chávez, 54, afirmou que seu destino político dependia do dia de hoje. "Hoje nas mesas eleitorais o meu destino político está sendo decidido, para mim como ser humano é importante, eu peço a Deus que todo o processo termine bem", afirmou o presidente, segundo o jornal venezuelano "El Nacional".
Oposição
Embora tenha reconhecido a vitória de Chávez, a oposição criticou a divulgação dos resultados antes do fim da apuração dos votos. Políticos oposicionistas exigiram o respeito à proibição sobre a divulgação de resultados antes de um boletim oficial.
"Esperamos que o resultado final seja dado pelo CNE", pediu o representante do partido opositor Primero Justicia, Juan Carlos Caldera. Jornais como o "El Nacional" e o "El Universal" já noticiavam a liderança de Chávez pouco após o fechamento das urnas.
"Somos democratas, reconhecemos os resultados que foram influenciados pelo vantagismo oficial, declarou o dirigente do partido Um Novo Tempo (UNT), Omar Barboza.
Os opositores afirmam que a emenda que atenta contra o princípio da alternância, consagrado na Constituição, e lembram que a reeleição sem limites já foi rejeitada em um referendo em 2007.
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