domingo, 15 de fevereiro de 2009

Festival de botox, estica-estica e batons..

Marta Suplicy e Dilma: Festival de botox, estica-estica, e batons.

Política, vocês sabem, tem muito de representação. Merece sempre um ensaio sobre as formas do falso. Ontem, Marta Suplicy, ex-prefeita de São Paulo, ofereceu um jantar à ministra Dilma Rousseff, apresentada como a pré-candidata do PT à Presidência da República.Dilma, chamada de “Vilma” pelo “povo popular” (como dira o pessoal do Casseta & Planeta) que comparece aos comícios armados pela marquetagem, estava lá, lépida e fagueira. Prestou o devido tributo a Zeus, que engoliu o PT: “Não estou e também ainda não sou candidata porque, para eu ser candidata, eu já teria que ter debatido isso com o presidente, e eu ainda não o fiz, e teria de ter apoio do meu partido. As duas coisas não são dadas ainda".Embora Dilma seja, hoje em dia, a candidata do establishment — ainda voltaremos ao assunto neste blog —, não abre mão do charme da resistência. Segundo a ministra, este é o século das mulheres, dos negros e dos índios da América. Esqueceu de Chávez: é também o século dos coronéis golpistas... Tanta modernidade, como se vê, e sua candidatura, ela deixou claro, depende da vontade de “painho”.Volto ao ponto. Vejam bem essa foto de Marta e Dilma. É o que chamo de retrato concentrado de um saber, de uma expertise. Marta e “Vilma”, juntas, demonstram que o legado do médico indiano Sushruta, relatando, dois mil anos antes de Cristo, a reconstrução de narizes deformados por causa de práticas religiosas, não foi em vão. É uma das primeiras notícias que temos da cirurgia plástica, de que a foto acima é uma espécie de showroom, julguem vocês se convidativo.Eu já disse certa feita: as mulheres não deveriam abrir mão da cicatriz da fissura labial, aquele buraquinho sobre o lábio, abaixo do nariz. Ele desaparece nas operações. Elas ficam com boca de peixe — ou de chimpanzé: o bicho tem o focinho comprido, e a fissura se distancia muito do lábio. Sushruta descreve a correção de deformidades em razão de práticas religiosas. A política é uma espécie de religião que atua em sentido contrário: leva à deformação.A propósito: quem pagou esse batom de Dilma? Fui eu, com meus impostos, confesso!

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