terça-feira, 7 de abril de 2009

Quase um milhão está na extrema indigência no CE

Quase um milhão de pessoas em extrema indigência. Não, não se trata da condição da população de algum país africano, e sim de 11,86% dos habitantes do Ceará. Ou seja, no Estado, precisamente 991.120 pessoas sobrevivem com 1/8 do salário mínimo por mês. Ainda são alarmantes, também, o total de indivíduos na indigência (renda per capita de 1/4 do salário mínimo) e na pobreza (1/2 piso salarial), em todo o território cearense, de 2,2 milhões (26,37% da população) e 4,3 milhões (52% do total), respectivamente. Os dados fazem parte do estudo “Mapa da Extrema Indigência no Ceará e o Custo Financeiro de sua Extinção”, elaborado pelos pesquisadores Carlos Alberto Manso e José Arnaldo Silva dos Santos, sob a coordenação do economista e professor Flávio Ataliba Barreto, do Laboratório de Estudos da Pobreza (LEP), ligado ao Centro de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Ceará (Caen/UFC). “Essa situação de extrema indigência nos avilta, nos humilha, enquanto sociedade. Imaginávamos que os números eram alarmantes, mas não tão monumentais”, resume Flávio Ataliba. O levantamento será apresentado hoje, em audiência pública na Assembléia Legislativa, a partir das 14 horas, numa proposição das comissões de Educação e Desenvolvimento Social. O objetivo é debater a criação de políticas públicas para a superação do que os pesquisadores chamam de “quadro complexo e perverso”.
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