terça-feira, 18 de agosto de 2009

Senadores criticam discurso de Sarney

Na Folha Online:
O discurso do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmando que sofre uma "campanha nazista" para se afastar do cargo foi duramente criticado por senadores. Diante de um plenário vazio, parlamentares que defendem o afastamento do peemedebista o acusaram de temer investigação e disseram que o Senado vive um "momento pior do que o inferno". Sem os tradicionais aliados que integram a tropa de choque do presidente do Senado, o tucano Papaléo Paes (PSDB-AP) fez as vozes de sua defesa e reforçou as declarações de Sarney de que as acusações fazem parte de perseguição política.
Segundo o senador Pedro Simon (PMDB-RS), é preciso deixar que se investigue a denúncia de que dois apartamentos utilizados pela sua família de Sarney, no bairro dos Jardins, em São Paulo, teriam sido adquiridos e registrados em nome da empreiteira Aracati. Para o peemedebista, o Senado está vivendo "um momento que é pior do que o inferno" com senadores sendo chantageados. "Essa Casa nunca foi santa, mas está vivendo um momento que é pior do que o inferno, pela ridicularização, e outras razões. Eu nunca vi essa Casa se rebaixar ao ponto que ela está. Eu nunca vi nada igual. Querem ganhar no grito, sem debater, sem investigar. Dizem, eu não sei quem, que a tropa de elite está organizando levantamentos contra parlamentares dessa Casa. Ouço as pessoas falando: fulano cuidado com isso, mas aonde nos estamos? Isso não é possível", disse.

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