quarta-feira, 23 de setembro de 2009

PMDB racha e grupo pró-Serra desautoriza Temer a antecipar aliança com PT

Depois do presidente licenciado do PMDB, Michel Temer (SP), cobrar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma definição sobre a candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à presidência da República em 2010, integrantes da cúpula da legenda desautorizaram Temer a negociar em nome do partido uma aliança com o PT.
Rachados, os peemedebistas favoráveis à candidatura do governador José Serra (PSDB) ao Palácio do Planalto querem adiar o fechamento da aliança para a eleição de 2010. O grupo defende que o partido decida o seu apoio somente na convenção do PMDB, prevista para o primeiro semestre do ano que vem.
Aliado de Serra, o ex-governador Orestes Quércia (PMDB-SP) se reuniu com Temer nesta terça-feira para pedir que ele não se precipite na busca de uma aliança formal do PMDB com Dilma.
Temer, cotado como vice de uma possível chapa de Dilma, havia pedido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma definição sobre a aliança até 15 de outubro.
"É muito importante saber que isso só vai ser decidido na convenção do partido, que é quem tem autoridade, soberania, para discutir essa questão. Vamos continuar o diálogo a partir de hoje. Não havia diálogo", disse Quércia, porta-voz da ala serrista do PMDB.
Apesar de deixar o encontro afirmando que estendeu a "bandeira branca" para Temer, Quércia deixou claro que a ala serrista não vai aceitar a formalização do embarque do PMDB na candidatura Dilma.
"O Michel [Temer] argumenta que temos que apoiar o governo. Mas o nosso compromisso é apoiar o governo no Congresso Nacional, não temos compromisso em apoiar o candidato do governo", afirmou Quércia.
O ex-governador reconheceu que a ala pró-Serra tem dentro da legenda menos da metade de apoio à candidatura do tucano. Quércia disse acreditar, porém, que até a convenção grande parte dos peemedebistas que hoje apoiam Dilma vão mudar de lado dentro do partido.
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