segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O NOSSO IRAQUE: 19.500 PESSOAS DESAPARECIDAS E 4.650 TRAFICANTES MORTOS EM QUATRO ANOS, NO ESTADO DO RIO!

Helicóptero da PM do Rio abatido por traficantes
1. Normalmente, as estatísticas de mortes violentas tratam dos homicídios e latrocínios, e com esses números se faz as comparações internacionais. No caso do Estado do Rio, e provavelmente do Brasil, há que se fazer uma estatística paralela para expressar o quadro geral de violência, SEM incluir os homicídios e latrocínios.

2. Para isso, as estatísticas oficiais do Instituto de Segurança Pública (ISP-SSP-RJ) fornecem números assombrosos, macabros. Destaco 3 tipos de ocorrências. Em primeiro lugar, "Pessoas Desaparecidas", em grande parte mortas e com cadáveres ocultos. Em segundo, os "Autos de Resistência", ou pessoas mortas em confronto com a polícia, traficantes, delinquentes, segundo a polícia.

3. Finalmente, o encontro de Cadáveres e Ossadas. Supondo que cadáveres e ossadas correspondam a pessoas desaparecidas em períodos anteriores, mesmo sendo um volume relevante, 50 por mês ou 600 por ano, exclui-se, para evitar dupla contagem.

4. As estatísticas oficiais do ISP mostram nos anos 2006, 2007, 2008 e 2009 até agosto, a média mensal de 406 pessoas desaparecidas, ou 19.500 em 4 anos. Os autos de resistência alcançam 97 pessoas (traficantes/delinquentes) por mês, ou 4.650 em 4 anos. É provável que a quase totalidade das pessoas desaparecidas o seja pelos confrontos dentro do tráfico de drogas, e outros do crime organizado.

5. Sendo assim, nos últimos 4 anos, no Estado do Rio, 24.150 pessoas desapareceram/morreram num quadro de ação do crime organizado, provavelmente relacionados a esse. Os números nos anos anteriores são iguais ou maiores. Desta forma, temos num período de 10 anos, 60 mil pessoas desaparecidas/mortas pela violência associada ao crime organizado no Estado do Rio. Em tempo: (euronews, 17/10/09) "Em conferência de imprensa, no Pentágono, o general George Casey afirmou sobre o número de mortos no Iraque desde março de 2003: Nunca vi números superiores a 50 mil, disse o responsável militar."

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