terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O ex-menino do MEP fala de novo: Nem sim, nem não

E as instâncias intermediárias entre o “sim” e o “não” continuam a ser testadas na história do “Menino do MEP”. João Batista dos Santos, então militante do Movimento de Emancipação do Proletariado, que esteve preso com Lula em 1980, falou com a Folha. À VEJA desta semana, indagado sobre o conteúdo do artigo de Cesar Benjamin — segundo quem Lula lhe relatara que havia tentado violar, sem sucesso, o “menino do MEP”—, Santos respondeu: “Isso tudo é um mar de lama. Não vou falar com a imprensa. Quem fez a acusação que a comprove”. E só!
A resposta ao repórter Fábio Amato, na Folha de hoje, parece ainda mais enigmática. Lula tentou subjugá-lo? “Não tenho nada para comentar sobre o assunto”. Num e-mail ao repórter, já havia escrito que nada diria a respeito, afirmando que se converteu a uma religião que o proíbe de mentir.
Santos, hoje com 6o anos, casado, oito filhos, chegou a se dizer “emocionado” com o relato que Cesar Benjamin fez de sua própria passagem pela cadeia, “sendo que aqueles mais ferozes da prisão foram amigáveis para com ele”. Se vocês se lembram, o articulista afirma que foi entregue, aos 17 anos, para ser usado pelos outros presos, mas que foi respeitado por todos. Santos se emocionou justamente com esse respeito.
Ele também criticou a Folha e afirmou que, se Octavio Frias de Oliveira, morto em 2007, estivesse vivo, o texto não teria sido publicado.
Li no blog do Reinaldo Azevedo
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Comento: Tá certo, cidadão, se não é para mentir a resposta está dada. Nada mais semelhante ao sim do que o silêncio.

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