terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O dragão do socialismo chavista não agrega nem no PT


Segundo o Jornal O Estado de São Paulo, o ex-ministro da Saúde Humberto Costa (PT-PE) admite, mas relativizou as críticas feitas à ministra Dilma Rousseff durante reunião reservada do grupo setorial do partido, na última sexta-feira, 19.
De acordo com Humberto, são "opiniões pessoais dentro do partido".
Na reunião, que foi gravada, a pré-candidata do PT à Presidência foi alvo de diversas críticas. O grupo revelou temor pela fragilidade com que Dilma discute a Saúde e pela "vulnerabilidade" como o partido está entrando no debate eleitoral.
De acordo com Humberto Costa, "aquela não foi uma reunião formal do setorial, não tinha caráter deliberativo". "Aquelas eram opiniões as mais pessoais, diversas e minoritárias possíveis dentro do partido", alegou. "A opinião do setorial é de que temos mais realizações do que o governo anterior", afirmou. A próxima reunião formal para discutir o plano de governo será em abril. Para justificar as críticas e temores dele e de outros integrantes do encontro em relação à candidatura de Dilma, Costa declarou que "essa é a eleição mais importante das nossas vidas. Pela primeira vez não teremos o presidente Lula como candidato", disse. A capacidade administrativa da ministra na área foi muito questionada durante o encontro. "O José Temporão (ministro da Saúde) já ficou quatro horas conversando sobre saúde com a Dilma", disse um dos participantes. Nem o plano de governo foi poupado: "Acho que não preciso dizer para todo mundo aqui que isso que aprovaram há pouco não vale nada. Esse programa só vai ficar pronto mesmo lá por agosto. Esse encontro é para agradar a militância", avaliou outro dos participantes da reunião. A distância entre o ministério e o partido é outro motivo de preocupação: "Precisamos marcar encontro com ela e com Lula. O presidente vai sair com essa dívida conosco? Como vamos fazer a discussão do setor da saúde com quem não é do PT se não reconhecemos nossos méritos?". "É essa discussão que temos de fazer, porque o Lula tá pouco se lixando para a gente (petistas)", disse uma filiada. "Acho que a Dilma não representa, nem de perto, o governo Lula."

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