domingo, 6 de junho de 2010

A história se repetirá no Brasil?

Mulher vota em Bogotá: 29,9 milhões de colombianos foram às urnas
(Foto France press)
Bogotá – O candidato governista Juan Manuel Santos e o independente Antanas Mockus, do Partido Verde, disputarão em um segundo turno a presidência da Colômbia. Santos obteve neste domingo 46,6% do eleitorado, contra 21,5% de Mockus, com 99,09% dos votos apurados, informou o Registro Nacional. Santos, ex-ministro da Defesa do atual presidente, Alvaro Uribe, atingiu quase 6,7 milhões de votos, contra 3,1 milhões de Mockus, ex-prefeito de Bogotá. Um candidato deve obter a metade mais um dos votos para chegar à presidência. Caso contrário, será disputado um segundo turno entre os dois com maior número de votos, previsto para 20 de junho. O terceiro colocado era Germán Vargas Lleras, do movimento Mudança Radical, com 1,4 milhão de votos, seguido do líder da esquerda Gustavo Petro, com pouco mais de 1,3 milhão. No total, 29,9 milhões de colombianos foram às urnas.Na eleição para a presidência da Colômbia, realizada neste domingo, sobressai uma catastrófica atuação dos institutos de pesquisa.
*Li no Correiobraziliense
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Tentaram enfiar na cabeça do eleitor um empate técnico, com viés de subida do candidato de oposição ao presidente Uribe. O resultado das apurações indicou o contrário, triturando a previsão: o candidato de Uribe fez 47% dos votos e o principal nome das oposições não passou dos 22%, mais de 100% de diferença. Claro que agora as forças brasileiras em disputa, ligadas ao petismo e ao lulismo vão dizer: "Tá vendo? O Uribe é um presidente popular que transferiu votos". Este é o argumento que não usaram em relação a Michele Bachelet, do Chile, que perdeu a eleição, ela uma presidente tão popular quanto Uribe e quanto Lula, no seu país. Mas a questão principal é, como na Inglaterra ou na Itália, ou na França, ou como no Chile, uma franca guinada à direita. As esquerdas estão em decadência em sua pregação. Onde as eleições são livres e sem pruridos ditatoriais, sem controle do Estado sobre o cidadão, a direita sobe. Não que isso seja necessariamente bom, mas demonstra, no mínimo, que os radicalismos esquerdistas estão mais fora de moda do que os radicalismos de direita. E nem importa avaliar qual dos dois é pior. Com este resultado da Colômbia, nossos institutos de pesquisa vão alinhavar as explicações mais estapafúrdias. Estou esperando ansioso, para rir um pouco.
*Comentário de Aderbal Machado

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