quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O PT, como sempre, trai até a própria palavra

Polícias e aposentados...ó!
Para tentar afastar as dúvidas sobre a postura fiscal no próximo governo, Mantega disse que vai reduzir da dívida pública de 41% do PIB para 30% do PIB, em 2014, e enfatizou que, depois do aumento dos gastos nos últimos anos, “2011 será um a no de recuperação fiscal com corte de gastos de custeio para aumentar a poupança pública”.
Para controlar as contas públicas, Mantega citou como fundamental que não sejam aprovados projetos em tramitação no Congresso, entre eles a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 300, que eleva salários na área de segurança pública. Segundo o ministro, isso representaria aumento de gastos de R$ 46 bilhões para a União, Estados e municípios.
Além disso, Mantega citou aumento do Judiciário, reajuste de aposentados que ganham mais do que dois salários mínimos, aumento do salário mínimo acima dos R$ 540 negociados pelo governo e recomposição salarial dos funcionários públicos federais.
Durante a campanha, surgiram comentários sobre a necessidade de um aperto fiscal no eventual primeiro ano de governo Dilma, que foram prontamente desmentidas. Lula chegou a dizer que isso era coisa de governos que queriam fazer “sacanagem” — a palavra foi essa — com o povo. Como se nota, deve vir alguma “sacanagem” por aí…
A questão da PEC 300, que é mesmo absurda, também é bastante interessante. Gente empenhadíssima na campanha de Dilma fez, Brasil afora, terrorismo contra a candidatura Serra, afirmando que ele era contra a tal proposta, que cria um piso salarial para as PMs e bombeiros nos Estados, igualando os ganhos àquilo que se paga no Distrito Federal — onde essa despesa é de responsabilidade do Tesouro. Nota: o tucano nem havia se pronunciado a respeito.]
A PEC 300 pendura nas costas da União a conta depois que os Estados rasparem os cofres. Quem está mais bravo com a proposta é o governador reeleito da Bahia, Jaques Wagner, do PT. Mas os petistas se lembraram do valor do papagaio agora. Michel Temer, vice de Dilma, chegou a se encontrar com lideranças do movimento nacional dos policiais, assegurando seu apoio à PEC. Ser petista é assim: ou sangra os cofres ou trai a própria palavra.
*Extraído do texto de Reinaldo Azevedo ( http://bit.ly/e7Hppw )

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