domingo, 27 de fevereiro de 2011

Comunistas, ongs e assalto à mão armada

Membros do PC do B acreditam que é o PT quem anda ajudando a imprensa a identificar as lambanças no Programa Segundo Tempo. É possível. Experiência não falta aos petistas para reconhecer uma sacanagem. Boi preto conhece boi preto. A onda de denúncias contra o PMDB, por exemplo — provavelmente, era tudo verdade —-, tinha a marca petista. Tratava-se de uma disputa de poder. Dilma mandou parar. Os dois partidos se entenderam, e quem perdeu foi o seu bolso, leitor amigo! Sigamos.
Esteja o PT “colaborando” ou não, a questão principal é saber se a falcatrua existe nos domínios do PC do B. E ela está sobejamente evidenciada pela picaretagem das ONGs, pelas empresas fantasmas que lhes fornecem notas, pelo serviço mal e porcamente prestado. É um esculacho!
O PC do B está na mira, e, convenham, a esta altura, Orlando Silva já deveria estar procurando emprego. Mas o mal que a apuração aponta vai muito além dos ditos “comunistas do Brasil”.
As ONGs se transformaram nos principais veículos de assalto ao dinheiro público. Todos os partidos, mas muito especialmente os de esquerda, recorrem a elas para, na prática, embolsar em proveito da máquina partidária o dinheiro que deveria chegar aos cidadãos. Uma equipe de repórteres — é claro que não tenho condições de fazer isso sozinho — deveria investigar quanto, oficialmente, os diversos ministérios do governo Lula repassaram a ONGs nos últimos quatro anos — ou nos últimos oito. Achei números de 2003 a 2007: R$ 12,6 bilhões! É uma fábula, uma soma espantosa! Tomem o Programa Segundo Tempo como exemplo: quanto desse dinheiro terá efetivamente chegado ao seu Zé e a dona Maria?
Essa grana, sem prejuízo de enriquecer larápios, tem servido ao financiamento de partidos, ONGs, movimentos sociais — a rede que, quando necessário, sai à rua em defesa do lulo-petismo e se mobiliza durante as eleições. Os partidos de esquerda, em suma, são financiados por recursos públicos. “E os não-esquerdistas? Também não tem suas entidades?” Claro que sim! Mas em menor número porque lhes falta a experiência necessária para criar “movimentos sociais”.
Esses xexelentos de esquerda privatizaram o estado brasileiro. Em nome do bem da sociedade, como sempre.
*Texto por Reinaldo Azevedo

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