sexta-feira, 1 de abril de 2011

O Bolsonaro massacrado esconde uma violência de estado

O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) fez mais declarações polêmicas nesta quinta-feira. Em entrevista à rádio Estadão-ESPN, Bolsonaro afirmou que não admite “apologia ao homossexualismo”, ao criticar o que ele chama de “kit gay” - vídeos anti-homofobia que o Ministério da Educação estuda distribuir às escolas. Para o deputado, a “briga” entre ele e a comunidade gay não tem nenhuma relação com homofobia. “Atenção pais: os seus filhos vão receber um kit que diz que é pra combater a homofobia, mas que, na verdade, estimula o homossexualismo. Para mim, isso é grave. Eu não admito você fazer apologia ao homossexualismo, idolatrar o homossexual”, disse Bolsonaro.
Na entrevista, Bolsonaro fala ainda sobre um suposto aumento do número de gays atualmente. Para ele, há mais gays hoje por conta de “consumo de drogas, promiscuidade, o meio em que ele [o jovem] acaba vivendo, achando que tudo democrático é bacana, tudo é culpa da ditadura”.
O deputado aproveitou o espaço também para “saudar” os militares pelo 31 de março, data do golpe militar de 1964. (Folha online )
COMENTÁRIO: Ao botar em primeiro plano seu achismo, seus chutes, sua retórica desmesurada, acaba comprometendo o lado sensato do seu combate, que existe, sim: o material preparado pelo Ministério da Educação é inaceitável sob qualquer critério que se queira (ver abaixo). A escola pode e deve debater, já deixei claro, preconceito e intolerância, mas NÃO PRECISA E NÃO DEVE FAZÊ-LO NUMA LINGUAGEM MILITANTE.
Não precisam porque é necessário que os alunos entendam conceitualmente uma questão. E não devem porque exorbitam de sua função e seqüestram uma prerrogativa que é da família. Escola pública é “estado”, e “estado” não deve ter lado em questões que digam respeito à moral privada. Só os estados fascistas entram nessa.
Bolsonaro deve ser combatido na sua ignorância. Mas nenhum estado foi autoritário o bastante até hoje a ponto de proibir que alguém seja ignorante, entenderam?
O Bolsonaro massacrado esconde uma violência de estado. O MEC está tentando assumir o lugar que cabe às famílias, o que é próprio das ditaduras, não das democracias. ( Extraído do texto de Reinaldo Azevedo )

Um comentário:

Castelo disse...

Concordo com vc Mário, Mas até certo ponto o Bolsonaro tem razão, ao meu ver, Ninguem tem que discriminar ninguem por seu comportamento intimamente pessoal, desde que não infrinja os direitos dos outros, mas essa atitude do governo, soa mais como um incentivo ao homossexualismo,....E nem me dizer que isso é chic e que dar orgulho,...Isso é uma transgrassão cristã, e às leis da natureza, a nossa própria existencia reprova tal prática sexual independentemente de alguem ser contra ou a favor,...