segunda-feira, 16 de julho de 2012

Mercosul-Unasul: “dupla aliança” chavista-castrista contra o Paraguai

Por uma ironia da História, o julgamento sumário e o consequente Golpe Internacional de Estado contra o Paraguai padeceram exatamente dos vícios que se alegam contra o Poder Legislativo paraguaio.
Na sexta-feira, 29 de junho, a Dupla Aliança Mercosul-Unasul promoveu um virtual Golpe Internacional de Estado contra o Paraguai, suspendendo-o como país-membro. Mercosul e Unasul reeditaram assim, no plano político, a chamada Tríplice Aliança, um pacto militar articulado no século XIX por dois países gigantes limítrofes contra esse pequeno país sul-americano.
A escusa para esse novo golpe dos governos sul-americanos contra o pequeno Paraguai foi a de que a destituição do ex-presidente Lugo pelo Poder Legislativo teria violado as regras de jogo democráticas e que o mandatário não teria tido todo o tempo necessário para se defender devido à celeridade do processo de destituição.
Por uma ironia da História, o julgamento sumário e o consequente Golpe Internacional de Estado contra o Paraguai padeceram exatamente dos vícios que se alegam contra o Poder Legislativo paraguaio. A contradição não poderia ser maior nem mais flagrante. Foram violadas sistematicamente as normas mais elementares da justiça, da equidade, do respeito e da convivência democrática entre Estados, a ponto de o novo Presidente do Paraguai, Federico Franco, e seu chanceler terem sido proibidos de participar das reuniões do Mercosul e da Unasul. Os gigantes condenaram o pequeno Paraguai sem sequer dar às suas autoridades a menor possibilidade de se defenderem.
A jornalista Tânia Monteiro, enviada especial do jornal brasileiro “O Estado de S. Paulo” à reunião Mercosul-Unasul, revela que os mandatários do Mercosul, enquanto tramavam a expulsão do Paraguai por uma porta e articulavam a não menos sumária entrada da Venezuela chavista pela outra, não conseguiam ocultar a preocupação de que essas decisões arbitrárias possam ser denunciadas pelo governo paraguaio ante as cortes internacionais de justiça e organismos análogos.
*Armando Valladares (*) Miami (FL)- Fonte: O que está acontecendo na America Latina

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