terça-feira, 29 de outubro de 2013

Membros do Governo Federal Brasileiro, contribuem com a violência no país.

Carvalho, a pomba da paz, pisca para violência emprestando-lhe profundidade sociológica; Azevedo, o rottweiler feroz, acha que a barbárie atrai mais barbárie. Ou: Encontro marcado com dois ministros para logo mais.

Vocês sabem… Como sou um “rottweiler feroz”, não gosto da violência promovida pelos ditos “ativistas e manifestantes”, seja lá o que isso signifique nestes dias. Entre quem quebra tudo e argumenta, prefiro quem argumenta. Entre quem põe fogo em bens públicos e privados e dialoga, prefiro quem dialoga. E acho que mascarados que promovem o caos nas cidades brasileiras são bandidos. Aqueles artistas que fizeram um vídeo convocando um protesto, que conta com um depoimento em favor dos black blocs, não pensam assim. No Brasil, cães furiosos apostam no diálogo, e as pombas da paz, no confronto. Não somos mesmo um país convencional. Ai, ai… Abaixo, vocês lerão algumas palavras estarrecedoras.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, vai se encontrar com os secretários de Segurança Pública do Rio e de São Paulo — respectivamente, José Mariano Beltrame e Fernando Grella — para discutir as manifestações violentas. Voltarei ao tema na madrugada. Vou demonstrar como Cardozo colaborou, de um modo muito especial, para que a situação chegasse a esse ponto. Pode me aguardar aí, ministro, que a memória é um dos pilares dos que prezam a história. E eu prezo. Neste post, quero chamar a atenção de vocês para a fala de uma outra autoridade: Gilberto Carvalho. Ele é nada menos do que secretário-geral da Presidência. Em trecho de texto do Globo Online, que reproduzo abaixo, de Jaílton Carvalho e Luíza Damé, vocês verão como o sociologismo chulo de Carvalho acaba, objetivamente, dando piscadelas para a violência e para o caos.
Se, ali por volta de junho, Cardozo deu sua cota pessoal de contribuição ao caos, Carvalho agora dá piscadelas à confusão porque ela, em muitos aspectos, é útil ao statu quo. E isso também demonstrarei mais tarde. Leiam o que segue. Volto em seguida.
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O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, convocou uma reunião com os secretários de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, e de São Paulo, Fernando Grella Vieira, para analisar a situação das mobilizações sociais e discutir estratégias de como lidar com atos de violência que têm acontecido durante as manifestações nos dois estados. Durante a reunião, as autoridades deverão discutir se a investigação dos atos de vandalismo, inclusive os atribuídos ao grupo Black Bloc, podem passar à competência da Polícia Federal.
Cardozo também anunciou nesta terça-feira que tropas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Rio serão enviadas para reforçar a segurança em rodovias em São Paulo. O ministro não revelou o número dos policiais e nem o destino final deles por questões estratégicas. O envio der tropas foi acertado no fim da manhã de hoje, entre autoridades do governo de São Paulo com dirigentes da PRF.
Cardozo defendeu a liberdade de manifestações, mas criticou duramente a violência de alguns protestos. “A liberdade de manifestação está prevista na Constituição e deve ser respeitada por todos, inclusive pelas autoridades policiais. Essa situação não se confunde, evidentemente, com o abuso da liberdade de manifestação. Não se confunde com a depredação, com o vandalismo”, disse Cardozo. “Acho que é legitimo que as pessoas se manifestem. Mas, quando a liberdade de expressão ultrapassa o limite da lei, quando outras pessoas são feridas na sua integridade física e patrimonial, quando há um abuso disso, traduzido em prática de delitos, isso não pode ser aceito pelo Estado.”
Carvalho
Também nesta terça-feira, o ministro da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho, disse que o governo está preocupado com a violência dos protestos, tanto do lado dos manifestantes quanto dos policiais, mas reconheceu que não há um diagnóstico da situação e do que leva aos ataques. Para o ministro, a polícia tem de agir para evitar destruição do patrimônio público e privado, mas a solução para os atos violentos não pode ser a criminalização dos movimentos nem somente a repressão.
“Ela (violência) é muito mais complexa, agora tem misturado com toda essa questão do crime organizado, a questão dos black blocs. Qualquer pessoa agora tem que ter muito cuidado em analisar essas questões para querer ter um diagnóstico perfeito. De todo modo, nós estamos preocupadíssimos com isso. Desde que as manifestações começaram a derivar para esse caminho da violência, nós ficamos preocupados. Entendemos que não basta criminalizar essa juventude, nós temos de ter um diagnóstico melhor, precisamos entender até que ponto a cultura de violência já vivida na periferia já emigrou para esse tipo de ação”, argumentou Gilberto Carvalho.
O secretário-geral da Presidência também afirmou que haverá uma cooperação entre Rio e São Paulo, com o encontro de Cardozo com os secretários de Segurança dos estados. “É importante o seguinte: trata-se de um fenômeno social que, para podermos ter uma atuação eficaz, nós temos de ter um diagnóstico mais preciso. E nos falta até agora esse diagnóstico mais preciso. Estamos acelerando isso, estamos em diálogo com a polícia, com as autoridades dos estados, estamos buscando e também com a sociedade, com movimentos juvenis. Porque a simples criminalização imediata, ela não vai resolver”, disse Gilberto Carvalho.
(…)
Voltei
Afirmar que a cultura da violência da periferia está migrando para os protestos é só a ideologia a serviço da empulhação. Perguntem aos realmente pobres se eles endossam a depredação. Enquanto as autoridades fizerem essa abordagem, o caos nas ruas vai continuar porque não haverá efetivo combate à truculência. Ocorre que também essa avaliação de Carvalho traduz uma deformação de origem e uma utopia. Cuidarei desses temas mais tarde. Nunca pensem que gente como Carvalho já chegou ao limite. Ele sempre pode ultrapassá-lo.
*Por Reinaldo Azevedo

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