quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

O que o Brasil aprendeu em 2013?



            Foi-se o ano de 2013. Um ano que nos ensinou pelo avesso a ver a desordem institucional petista-peemedebista avançar neste país gigante ‘deitado eternamente em berço esplêndido’ e sem capacidade de fazer nada de digno e de proveitoso.
            Aprendemos, com um amargor estranho na goela, que a corrupção no Brasil parece ser uma maldição incontornável, talvez a nos vitimar para sempre. Esse pecado destrutivo parece já fazer parte da nossa “cultura”, talvez, melhor dizendo, da nossa “falta de cultura”.
            A corrupção está tão em evidência e de tal modo entranhada na alma dos brasileiros, e principalmente daqueles que entram para a rendosíssima profissão de “político”, que parece impossível que um dia possamos dela nos livrar, ou pelo menos tornar a sua incidência apenas pontual.  
            Infelizmente, a corrupção norteou a construção do Brasil de hoje, a partir do eufemismo do “milagre brasileiro”, nos anos 60s, onde erigimos no meio do nada, no ermo do cerrado goiano, uma cidade-monumento a ela: Brasília, onde os políticos rapidamente aprendem a fazer, na vida pública, o mesmo que fazem na privada...  
            Daí nasceu a nossa república clientelista, patrimonialista, antifederativa, que acabou com as ferrovias para favorecer o ‘lobby’ da indústria automobilística, que passou a produzir carroças motorizada para trafegarem em asfalto do tipo “casca de ovo” que se rompem em buracos à passagem do primeiro caminhão.
            JK vendeu a preço de banana todo o manganês que existia na Serra do Navio, no Amapá, para construir Brasília e tornar aventureiros que lá chegaram com um caminhão velho nas grandes empresas construtoras de hoje, trabalhando inclusive com países ideologicamente “afins” com a esquerda encravada no planalto e recebendo recursos do Banco do Brasil e do BNDES.   
            Em 2013 ficamos sabendo que apenas 30 por cento da população brasileira é realmente alfabetizada e que, o resto ou é analfabeto absoluto ou analfabeto funcional que mal sabe desenhar o próprio nome e não é capaz de ler um texto a ponto de interpretá-lo adequadamente. Mas isso é ótimo para eleições, pois um eleitor ignorante é fundamental para perpetuar a escoriocracia em que vivemos ao eleger apenas canalhas e incompetentes populistas e demagogos. E canalhas como esses abundam hoje na política tupiniquim.
            Aprendemos e investir mais em pão e circo, criando belos estádios de futebol e mantendo um enorme contingente de brasileiros na ociosidade remunerada do ‘bolsa família’, ‘fome-zero’, e outros mecanismos de lavagem de dinheiro e compra de votos, do que em infraestrutura, em assistência médica e hospitalar, em educação profissionalizante de qualidade, em segurança pública decente, em transporte público que não existe.
            As cenas de pugilato e vandalismo nos estádios de futebol, nos tornam especialistas em “insegurança pública”, o que será o maior estímulo para que o turista estrangeiro desista de vir ao Brasil assistir a Copa e as Olim...Piadas. Somos hoje uma universidade de renome mundial naquilo que deve ser feito para se desconstruir um país... Até Obama já andou por aqui aprendendo alguma coisa.
            O Brasil parece desenvolver um capitalismo para os ricos e para o politiburo instalado em Brasília, de modo a torná-los cada vez mais ricos, e um socialismo para os pobres, de modo a torná-los perenemente pobres, igualitariamente miseráveis, mesmo que essa enorme maioria venha no futuro englobar a classe média consigo. Quando isso ocorrer, acabará o socialismo, pois acabará o dinheiro... Dos outros.
            Aprendemos a ver que o nosso sistema carcerário é lamentável, indigno e ineficiente, mas isso somente após a condenação e prisão dos mensaloneiros. Nenhum deles quer ficar na cadeia e, para tanto, alegam tudo que podem, desde falsas doenças ‘incapacitantes’ às condições ‘desumanas’ das penitenciárias.
            No Brasil, o idealismo é a primeira vítima da corrupção institucionalizada. A segunda é o bolso de quem trabalha como um cão para sustentar essa joça.
            A Internet concitou as pessoas de bem a irem às ruas protestar contra essa desordem de coisas, e os canalhas petistas e peemedebistas criaram os “black blocs” e os arruaceiros mercenários de sempre para desencorajá-los; e conseguiram.
            O brasileiro que enxerga pelo menos um palmo adiante do nariz, assiste pela TV paga (porque em canal aberto só há programas idiotas para uma audiência não menos, e vislumbra a desconstrução nacional posta em prática pela horda vermelha que invadiu o estado brasileiro. Tem hoje sua esperança arrasada num futuro melhor, mas, por outro lado, vai adquirindo sabedoria e ânimo de lutar por uma ‘cidadania constitucional superior e mais qualificada’.  No rastro da realização dessa esperança, surge a miragem de políticos minimamente qualificados e moralmente aptos a postularem cargos eletivos e de confiança.
            As lições de 2013 estão aí para quem quiser aprender e elas nos indicam claramente o que fazer em outubro desse ano de 2014 que começa, ou seja, o brasileiro parece que começa a crer finalmente que o número 13 é aziago e agourento, embora ainda tenha pouquíssimas esperanças nas outras ‘dezenas’ partidárias.
            A resposta nas urnas aos black blocs, uma horda de punks imbecis contratados pela cúpula ativista petista-peemedebista e pelo Foro de São Paulo para assustar qualquer cidadão de bem que se entusiasme e vá para a rua protestar pacificamente, está cada vez mais clara e evidente. Mas irá se impor?
            Aprendemos ainda que "a infraestrutura caótica ‘desse País’ é obra dos governos anteriores", como disse a nossa hipodotada presidente, com a maior cara de pau, depois de mais de uma década de governo do seu próprio partido.
            Por fim, os pedagogos do planalto nos ensinaram que o Plano Real não foi obra do FHC, como afirma a “mídia golpista” da direita, mas que foi Lula o seu criador, com uma mãozinha do Mantega, o menos respeitado dos economistas tupiniquins.
            Como dizia o melhor presidente que os EUA já tiveram na era atual, Ronald Reagan, “os socialistas são aqueles que leram Carl Marx e Engels, e os antissocialistas são os que, além de lê-los, os entenderam muito bem”... Mas os socialistas, unidos agora pelo Foro de São Paulo – que inacreditavelmente muitos brasileiros simplesmente desconhecem e nunca ouviram falar – tentam decadentemente restaurar aqui na América latina, o que perderam no leste europeu... Seguem agora a tática desconstrutiva de Antônio Gramsci, o comunista italiano que prega que o socialismo deve se estabelecer a partir das fraquezas da própria democracia, de dentro dela, e por um trabalho de desmonte mediante anulação dos princípios morais e civilizacionais judaico-cristãos.
            Há um movimento de esquerda (sinistra) de antinacionalismo, que privilegia as metas do Governo Mundial, e o “entreguismo” e a “privatização”, que antes eram armas dialéticas da nossa “esquerda caviar”, hoje se resumem na palavra ‘concessão’, principalmente daquilo que não temos competência de explorar – como o petróleo ‘offshore’, por exemplo – e o lucro oriundo da “mais valia” passou a ser admitido pelos socialistas tupiniquins, desde que o “partido” – e não necessariamente o estado – leve uma boa fatia dele.
            Aprendemos também que o estado brasileiro é o maior cabide de emprego do mundo e que a camarilha no poder acha que ele deve continuar inchando, para desespero dos que pagam impostos, diretos ou indiretos, em cascata.
            Neste ano, aprendemos que a escola pratica lavagem cerebral marxista em nossos adolescentes e que o importante não é capacitá-los a ter uma profissão profícua para o seu sustento e a geração de sua riqueza, mas para dar a eles o treino da reivindicação e da militância nos ‘movimentos sociais’ que lhes propiciem conseguir bolsas governamentais pagas por quem trabalha e produz para que vivam em seu “dolce far niente”.
            Assim, ficamos sabendo, neste ano que terminou, que a nossa justiça não é capaz de caminhar com seus próprios pés uma vez que os próceres de seu tribunal de mais alto escalão são nomeados diretamente pelo “partido” através da caneta estulta e obediente de seus presidentes da república, ao invés de serem profissionais de carreira representando o que há de melhor no nosso Direito. Com isso, ela é extremamente morosa, prolixa, cheia de brechas especialmente criadas para que advogados espertalhões ludibriem a lei, e o resultado disso se traduz na frase que diz: “uma justiça tarda e incompleta é uma completa e rápida injustiça”...
            Aprendemos que o MERD... Digo, MERCOSUL, nunca foi, de fato, um bloco econômico, mas apenas uma corriola política, em nome da qual estamos metidos no financiamento de ditaduras e no perdão de suas dívidas.
            Aprendemos que o legislativo é um dos mais caros e ineficientes do planeta e só teme, ligeiramente, as ameaças das manifestações populares. Seus elementos, com raríssimas exceções, estão amplamente despreparados para ocupar os cargos que ocupam e a maioria não tem reputação de pessoas de bem. A forma como trataram a chamada “lei da ficha limpa” é uma flagrante demonstração do seu desprezo pela probidade e pela decência.
            Com isso, constatamos ao longo do ano que acabou ontem um rosário de escândalos que a cada ano se torna mais longo e mais pesado para a consciência nacional, se é que ainda existe alguma. Em função dessa triste decadência, os fatos perdem a consistência, e apenas as versões, principalmente as dos implicados, são consideradas.
            A história do país está sendo reescrita ao bel prazer de tais versões espúrias e mentirosas. O Brasil é cada vez menos um país mais rubro de vergonha das mentiras oficiais, porque a vergonha está acabando ou já se esgotou por completo.
            Nossas Forças Armadas têm cada vez menos poder de dissuasão em relação a potenciais inimigos externos, que nos consideram mais “imperialistas”, do que assim considera, os americanos, a esquerda brasileira. A compra de meia dúzia de caças a jato para soltar fumaça em rasantes de comemoração em Brasília se tornou um jogo de política internacional, isso se não esbarrou no entrave usual do “quanto-é-que-eu-levo-nisso”.
            Ou seja, aprendemos em 2013 a viver mais ainda no nosso mundinho subdesenvolvido de “faz de contas”, onde o crescimento é pífio e a roubalheira é galopante e onde as coisas que são preciso ser feitas para que o Brasil emerja de fato como uma grande potência mundial são deixadas de lado, pois isso exige governo de elite real, de meritocracia e de uma cidadania de qualidade que a possibilite.
            A todos um 2014 focado principalmente, não da Copa do Mundo, mas no mês de outubro, onde o país terá mais uma oportunidade – talvez a última – de dar a volta por cima e construir uma nação justa, livre, produtiva, meritocrática, e acima de tudo conservadora de seus valores morais e civilizacionais.
Quarta feira, 01 de janeiro de 2014
*FRANCISCO VIANNA, por e-mail, via Grupo Resistência Democrática

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