segunda-feira, 19 de maio de 2014

Governo Dilma caminha firmemente para completar quatro anos de estagnação industrial...

O governo da presidente Dilma Rousseff caminha firmemente para completar quatro anos de estagnação industrial e de destruição de empregos na indústria. Por causa da campanha eleitoral, ministros e altos funcionários estão mobilizados para defender a impropriamente chamada política industrial, uma confusa mistura de benefícios fiscais seletivos e de financiamentos a grupos escolhidos como vencedores nacionais - alguns quebrados pouco tempo depois da escolha. O primeiro obstáculo diante da tropa eleitoral será formado pelos números oficiais. Os dados produzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são mais arrasadores que qualquer discurso do mais veemente oposicionista. Em março, segundo o último levantamento, os empregados no setor foram 0,2% mais numerosos que em fevereiro, mas esse aumento ficou longe do necessário para anular as perdas acumuladas nos últimos anos, quando a produção cresceu nos demais emergentes e quase nada avançou no Brasil.

Quase todo o quadro é muito ruim. O número de assalariados na indústria, em março, foi 1,9% menor que um ano antes. No primeiro trimestre, 2% inferior ao dos primeiros três meses de 2013. No acumulado de 12 meses houve uma redução de 1,4%. De fevereiro para março no número de horas houve redução de 0,3% nas horas pagas e de 2,1% na folha de pagamento real, isto é, descontada a inflação. As horas pagas diminuíram 2,4% na comparação com março do ano passado e 2,3% no cotejo do primeiro trimestre deste ano com o de 2013.

*Em O Estado de S.Paulo

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