quarta-feira, 7 de maio de 2014

Maior homem-bomba, Costa Pode Explodir Empreiteiras.

Grandes empreiteiras instalam comitês de crise; ex-ministro Marcio Thomaz Bastos, advogado da Camargo Corrêa, previne alto escalão da empresa sobre risco de explosão do homem-bomba Paulo Roberto Costa; nova mensagem do ex-diretor da Petrobras relatando ameaças sofridas dentro da Polícia Federal chega à Justiça; delação premiada e programa de proteção a testemunhas nos planos dele; PR, como rubricava, acumulou vasta lista de executivos com os quais se relacionou como diretor da estatal; 36 pen drives; risco de morte em presídio comum o levou de volta à PF, onde teria passado 48 horas sem ver o sol; deputados querem ouvi-lo no Paraná; Camargo Corrêa teme repetição de 2009, quando sede foi invadida pela PF e quatro diretores presos na Operação Castelo de Areia; PR vai detonar?
As maiores empreiteiras do País estão com comitês de crise montados, neste momento, em seus quartéis-generais. O motivo é que o maior homem-bomba do País acendeu seu pavio. Dono de 36 pen drives em poder da Polícia Federal, nos quais fez anotações detalhadas sobre os negócios em que atuou como diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa registrou nomes de executivos com os quais se relacionou, os tipos de problemas que trataram e as "soluções" encontradas. As primeiras explosões em cima dessa lista podem ser feitas por Costa a deputados de uma comissão externa da Câmara dos Deputados, que pretende ir até o Paraná para ouvi-lo. Na prática, seria o início da CPI da Petrobras antes mesmo de sua instalação oficial.
Mas PR, como o preso já é conhecido na Polícia Federal, em razão das rubricas que fazia sobre seu nome nos documentos apreendidos, pode ir muito mais além.
A delação premiada e a entrada no programa nacional de proteção a testemunhas estão nos planos do ex-diretor preso. Ele se sente absolutamente inseguro dentro da PF. O segundo bilhete vazado por Costa no dia 28 de abril, relatando pressões e ameaças, chegou nesta segunda-feira 5 à Justiça. Costa foi transferido para um presídio comum, mas retornou à PF em razão de risco de morte por 'queima de arquivo'. A filha e o cunhado de Costa foram indiciados em inquérito por suspeita de queima e extravio de documentos. PR não tem muito a perder.
O ex-ministro Marcio Thomaz Bastos está advogando para a Camargo Corrêa, empreiteira mais atingida pela Operação Lava Jato.
Bastos avisou os sócios da companhia, conforme apurou 247, que o material em poder da PF é absolutamente explosivo. A empresa já se prepara para enfrentar o pior. Em março de 2009, na Operação Castelo de Areia, a Polícia Federal tomou a sede da empreiteira em São Paulo e prendeu quatro diretores e três secretárias, além de três homens apontados como doleiros. A história pode se repetir a qualquer momento.
PR vai detonar?
Abaixo, notícia do portal Conjur a respeito:
Ex-diretor da Petrobras volta a denunciar agente da PF
*Por Pedro Canário
Antes de ser transferido da Penitenciária de Piraquara (PR) para a carceragem da Polícia Federal, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto da Costa reclamou pelo menos mais uma vez de ter sofrido ameaças. Chegou às mãos do Judiciário nesta segunda-feira (5/5) mais um bilhete em que o executivo afirma que o mesmo agente da PF de que ele reclamou antes o procurou para ameaçá-lo por tê-lo denunciado.
O bilhete data do dia 28 de abril. Paulo Roberto da Costa escreve que esse agente da PF, cujo nome não foi revelado, o procurou para dizer:

“Você falou que tinha sido ameaçado por mim e o delegado falou comigo. Eu não terei mais nenhuma boa vontade com vocês!” Em seguida, Costa reclama de ter passado aquele fim de semana “fechado, sem banho e caminhada, por 48 horas”. O ex-executivo da Petrobras também relata ter ouvido do agente da PF: “Você tem que tomar no meio do olho e por isso que você não vai mais sair daí”.
Paulo Roberto da Costa está preso desde o dia 20 de março. Ele é um dos acusados na ação penal que decorreu da operação lava jato, em que a PF investigou denúncias de remessas ilegais de dinheiro ao exterior. A primeira vez que reclamou das ameaças, também por meio de um bilhete, revelado pela ConJur, foi no dia 25 de abril. Nele, Costa afirma que o agente da PF lhe disse que ele estava “criando muita confusão”. O novo bilhete data de três dias depois.
Logo depois das denúncias de Costa, seus advogados entraram com pedido de Habeas Corpus reclamando das condições em que o ex-diretor estava preso. Na sexta-feira (2/5), depois do HC, Paulo Roberto da Costa foi transferido de volta para a carceragem da PF, cinco dias depois de ter saído de lá e ser transferido para a Penitenciária de Piraquara.
Operação lava jato
Costa é engenheiro mecânico e assumiu em 2004 a Diretoria de Abastecimento da Petrobras. Hoje aposentado e consultor na área de petróleo e gás, ele teve o nome envolvido em operação que investiga supostas remessas ilegais pelo doleiro Alberto Youssef. A PF afirma que, em um e-mail usado por Youssef, foi recebida nota fiscal de um veículo em nome de Paulo Roberto Costa, no valor de R$ 250 mil. Por isso, a PF atribui indícios de pagamento de vantagem, o que poderia configurar crime de corrupção ativa.
A prisão temporária foi decretada depois de o juiz do caso, Sérgio Fernando Moro, avaliar que alguns familiares de Costa participaram da ocultação de provas, retirando do escritório dele grande quantidade de documentos enquanto a PF tentava conseguir a chave da sala.
Quatro dias depois, a prisão foi convertida para o caráter preventivo. A defesa alega não haver qualquer indício de que o cliente tenha cometido crimes contra o sistema financeiro nacional ou de lavagem de dinheiro.
* Ana Limahttps://www.facebook.com/amlima1/posts/4248617789743

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