quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Aos governantes do PT.

Av2vz92FFuVZf1PsbZW_-1wAHlSUuPFVmwc90x7chG7s-Bdj1tIYIBpc7C9rwIIsG2H70XPVxrwcEVu5spwLJVRSIC8=s0-d-e1-ft



Dizer que nosso país está um caos é redundante, mas penso que realmente precisamos discutir o que está ocorrendo, como chegamos aqui e para onde estamos caminhando.

Um governo como o do Partido dos Trabalhadores, com uma máquina administrativa tão inchada que possui 39 ministros para 24 ministérios e, mesmo assim, o país que governa encontra-se praticamente destruído em todas as áreas, não pode ser considerado eficiente e nem mesmo levado a sério (pastas como a Casa Civil e o Banco Central, que na prática são órgãos auxiliares, mas cujos titulares têm status de primeiro escalão, provocam a diferença entre os dois números).

O governo que aí está foi capaz de – com empregos para apadrinhados políticos, retenção artificial de preços, aquisições ou construções superfaturadas – fazer desmoronar uma das maiores empresas do mundo, a Petrobrás, que por décadas foi o orgulho de todos os brasileiros. Também em nome de controlar a inflação, manipulou o preço da energia de tal maneira que as empresas do setor estão sendo “socorridas” com bilhões de reais por mês, para também não falirem.

Por ordem do governo, os departamentos de crédito do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal não avaliam, como qualquer outro banco, os riscos de empréstimos quando os mesmos se destinam a tomadores das classes C e D e, como consequência, claro, o risco passa a ser do contribuinte brasileiro que, mais uma vez, certamente será chamado a cobrir os rombos provocados nos patrimônios da União, mas isso, sem dúvida, após as eleições.

Nossas lideranças políticas cometem tantos erros e declaram tantas bobagens que, internacionalmente, é comum serem motivos de chacotas, como a atualmente realizada por jornalistas europeus de que, se Lula cumprisse sua promessa de atravessar o oceano a nado caso o Brasil perdesse a copa, causaria indigestão nos tubarões, ou rirem da declaração de Dilma de que o Brasil faria a “Copa das Copas”.

Nossa presidente, que criticou a política econômica da chanceler alemã Angela Merkel, dizendo que ela provocava um “tsunami monetário”, ouviu como resposta: “Essa senhora vem à Alemanha nos dizer o que temos que fazer? Ora, a Alemanha vai bem, obrigado, apesar de tudo. Mas eu vou aproveitar para dar um conselho a ela… antes de vir aqui reclamar das nossas políticas econômicas, por que ela não diminui os gastos do governo dela e diminui os juros que são exorbitantes no Brasil? Se eu posso emprestar dinheiro a juros baixos e o meu povo pode ganhar juros absurdos lá no país dela, não vou ser eu que direi ao meu povo para não fazer isso. Ela que torne a especulação no país dela menos atraente”.

As últimas duas bobagens foram uma nota do governo brasileiro, que classificou como “inaceitável” a escalada desproporcional da ofensiva militar sobre Gaza e a declaração do assessor especial do governo para assuntos internacionais, “chanceler” Marco Aurélio Top Top Garcia, de que Israel estaria cometendo um genocídio na Faixa de Gaza.  Em resposta, Yigal Palmor, porta-voz da diplomacia israelense disse que, apesar de ser a 7ª economia do mundo, o Brasil era “irrelevante” em termos políticos, um anão diplomático e que “desproporcional” é uma derrota por 7 a 1 no futebol.

Tentando diminuir a besteira dita por Top Top Garcia, a presidente Dilma, em sabatina da Folha de São Paulo disse: “Na Faixa de Gaza está havendo um massacre, uma ação desproporcional, não um genocídio”. Claro que não se pode concordar com a matança que vem ocorrendo na Faixa de Gaza, tragédia decorrente do radicalismo que separa os líderes do Hamas e de Israel, mas é preciso cuidado para tratar de assunto tão delicado.

O Brasil não pode opinar sobre o conflito entre árabes e judeus ao mesmo tempo em que se cala diante do abate – com um míssil russo do “companheiro” Vladimir Putin -, de um avião na Ucrânia, que matou 298 civis de vários países do mundo; nada diz sobre todos os crimes cometidos pelos irmãos Castro, em Cuba; apoia Hugo Chávez e Nicolás Maduro na Venezuela – que levaram seu país a uma destruição total de sua economia e a uma radical ditadura socialista -, ou silencia sobre a destruição econômica, a censura e a perseguição política dos oponentes, promovidas por Cristina Kirchner e Evo Morales na Argentina e na Bolívia.

A política externa brasileira nos governos do PT, além de ser “irrelevante”, insignificante, têm sido a de apoiar os “companheiros” socialistas, marxistas, castristas ou bolivarianos, e de clara oposição aos países democratas e capitalistas.

Esquecem-se nossos governantes de que todos esses países não são economicamente fortes e que, para construirmos escolas, hospitais, rodovias, portos, geradoras de energia e tudo o que o país precisa para se desenvolver, só há uma saída: vender o que produzimos para quem pode comprar e, claro, não será para os países governados por estes “companheiros” que venderemos, pois além de possuírem economias muito pequenas ou falidas, não possuem sequer quantidade suficiente de consumidores para nossa produção.

“Senhores governantes do PT, antes de sequer olhar para a casa do vizinho, cuidem da sua”.

*João Bosco Leal, Jornalista, escritor e empresário

Nenhum comentário: