quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Esquema do doleiro Youssef ocorrera desde o governo de Lula, segundo PF.

Segundo a Polícia Federal o doleiro Youssef, já preso, intermediou contratos com Órgãos Públicos nos Governos Lula/Dilma.
Investigadores apreenderam na casa de Alberto Youssef um ‘Relatório de Projetos’, sendo 17 deles referentes à Petrobrás.
Alvo central da Operação Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal desde março, intermediou 750 projetos entre grandes construtoras e órgãos públicos, no período de fevereiro de 2009 a maio de 2012. S nomados, os valores referentes a estes contratos ultrapassam a “casa dos bilhões”, segundo relatório da PF. Pelo menos 17 contratos da Petrobras para grandes empreendimentos nas áreas de refinarias e gás teriam tido a participação do doleiro, suspeitam os federais. A investigação aponta, preliminarmente, que Youssef recebeu comissões no valor aproximado de R$ 160 milhões.
A PF também apura a suposta participação do ex-diretor de Abastecimento da estatal petrolífera, Paulo Roberto Costa, nos negócios de interesse do doleiro. Os investigadores suspeitam ainda que o doleiro estendeu sua atuação e sua influência para países vizinhos, como Argentina e Uruguai, “demonstrando uma ampla gama de abrangência e diversidade”.
A lista dos contratos em que Youssef teria atuado consta do “Relatório de Projetos”, um documento de 34 páginas apreendido na residência do doleiro pela PF no dia 17 de março, quando foi deflagrada a Lava Jato e ele foi preso por ordem da Justiça Federal. Youssef já é réu em cinco ações decorrentes da operação.
Nessa etapa da investigação, a PF vai fazer o cruzamento de informações lançadas na planilha “Relatório de Projetos” com os dados relativos aos contratos firmados pelos órgãos públicos.
“O documento encontrado na residência de Youssef é um apanhado de projetos “Relatório de Projetos”, quase sempre ligados a propostas de grandes construtoras para empresas públicas. São cerca de 750 projetos, compreendidos no período de 02/02/09 a 04/05/2012 e, no valor total, se somado todos os projetos, facilmente chegaria à casa dos bilhões de reais”, relatam os investigadores.

* Fausto Macedo e Valmar Hupsel Filho, no Estadão

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