sábado, 27 de dezembro de 2014

Campanha do SUS atribui a ‘racismo’ mortes por doença genética predominante em negros. Médicos reagem.

“Dizer que os pacientes falciforme morrem mais porque o SUS é racista equivale a dizer que as mulheres morrem mais de câncer de colo uterino do que os homens porque o SUS é machista”, escreveu a doutora Martha Mariana Arruda, médica hematologista da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.


Já mostrei aqui as duas frentes de uma mesma estratégia do governo do PT: a administração ordenada do caos na saúde pública do Brasil e a criação de justificativas para a importação de médicos cubanos em massa. Para que ambas funcionem, os petistas transferem suas responsabilidades pelo caos aos médicos brasileiros, uma “elite” supostamente inimiga do povo.
O golpe mais recente contra a classe é a campanha “SUS Sem Racismo”, do Ministério da Saúde, exemplo emblemático de como o PT explora o ódio racial com base em embustes estatísticos para obter vantagens políticas. Se os médicos denunciam a manipulação da opinião pública, o partido cinicamente denuncia os médicos por se oporem ao combate ao racismo que eles próprios supostamente praticam: “a campanha do governo foi feita, justamente, para mostrar como os negros são maltratados por parte dos médicos brasileiros”, diz o site do PT.
Esta peça da campanha é um exemplo “estarrecedor” de como se justifica tal conclusão:
Só tem um detalhe, que pode ser encontrado em qualquer página médica, como a do doutor Dráuzio Varella: “A anemia falciforme é uma doença genética e hereditária, predominante em negros, mas que pode manifestar-se também nos brancos.”
Logo, é ÓBVIO que a anemia falciforme mata mais negros do que brancos, mas a realidade nunca foi empecilho para a propaganda petista.
Felizmente, os médicos reagiram ao embuste nas redes sociais, considerando a manipulação “torpe” e “absurda”.
“Quem deveria de verdade sofrer campanha anti-racismo neste caso são as doenças e não os profissionais que trabalham no SUS. Vamos colocar no holofote as atitudes racistas que a anemia falciforme propaga, assim como o câncer de próstata e a hipertensão arterial, que insiste em adoecer mais negros do que brancos”, ironizou a página Academia Médica.
Ou então, acrescento eu, vamos acusar o câncer de pele de racismo contra os brancos, já que os negros produzem mais melanina, especialmente a eumelanina, muito eficiente na proteção contra os raios ultravioleta do sol, e têm menor risco de desenvolver a doença.

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