Um dos passatempos favoritos de sociólogos e demais
intelectuais da área social é discutir justamente um dos assuntos menos
controversos de toda a área sociológica: as causas da pobreza.
Por que a discussão é inócua? Simples: porque a pobreza é
a condição natural do ser humano.
Há muito pouco de complicado ou de interessante na
pobreza. A pobreza sempre foi a norma; a pobreza sempre foi a condição natural
e permanente do homem ao longo da história do mundo.
As causas da pobreza são bem simples e diretas. Em
qualquer lugar em que não haja empreendedorismo, respeito à propriedade
privada, segurança jurídica, acumulação de capital e investimento, a pobreza
será a condição predominante. Isole um grupo de pessoas em uma ilha, peça para
que elas não tenham nenhuma livre iniciativa, proíba a propriedade de bens, e
você verá que a pobreza será a condição geral e permanente dessas pessoas.
O que é realmente desafiador é discutir as causas da riqueza;
discutir o que realmente eleva as pessoas de sua condição natural (a pobreza)
para a opulência e a fartura. O verdadeiro mistério é entender por que
realmente existe riqueza.
Se um determinado país pobre quer enriquecer, a primeira
medida que ele tem de tomar é criar um ambiente propício ao empreendedorismo, à
livre iniciativa e aos investimentos.
O que gera riqueza para um país é divisão do trabalho,
poupança, acumulação de capital, capacidade intelectual da população (se a
população for inepta, a mão-de-obra terá de ser importada), respeito à
propriedade privada, baixa tributação, segurança institucional, segurança
jurídica, desregulamentação econômica, moeda forte, ausência de inflação,
empreendedorismo da população, leis confiáveis e estáveis, arcabouço jurídico
sensato e independente etc.
Um país que persegue os capitalistas, que tolhe a livre
iniciativa, que não assegura a propriedade privada, que tributa os lucros
gerados pelos investimentos, e que cria burocracias e regulamentações sobre vários
setores do mercado é um país condenado à pobreza.
Já um país que respeita a propriedade privada, que
fornece segurança jurídica, que fomenta a poupança e que permite a liberdade
empreendedorial e a acumulação de bens de capital é um país que sairá da
pobreza e em poucas gerações poderá chegar à vanguarda do desenvolvimento
econômico.
A real solução para a pobreza não está em um sistema de
redistribuição de renda comandado pelo governo. A solução está no aumento da
produção. O padrão de vida de um país é determinado pela abundância de bens e
serviços.
Quanto maior a quantidade de bens e serviços ofertados, e
quanto maior a diversidade dessa oferta, maior será o padrão de vida da
população. Quanto maior a oferta de alimentos, quanto maior a variedade de
restaurantes e de supermercados, de serviços de saúde e de educação, de bens
como vestuário, materiais de construção, eletroeletrônicos e livros, de pontos
comerciais, de shoppings, de cinemas etc., maior tende a ser a qualidade de
vida da população.
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