terça-feira, 7 de junho de 2016

Segundo Jose Serra, o PT se aproximou de bolivarianos para se dizer de esquerda.

Jose Serra, Ministro de \Relações Exteriores, foi o entrevistado ontem do programa Roda Viva da TV Cultura. Entre suas afirmativas, para os jornalistas participantes, ele acusa o PT de se aliar às forças bolivarianas "para satisfazer o 'se dizer de esquerda', eles ( PT ) no exterior se aliaram com essas forças bolivarianas para ter uma cara para dizer que são de esquerda. Parte do vigor do regime venezuelano foi o PT que deu".
Além da relação com Caracas, ele citou como exemplo desta acusação a citação de iniciativas de regulação da mídia em documentos do partido. "Todo o documento do PT aparece isso e ele se sente de esquerda", ironizou.
Sobre a campanha de Dilma e de seus aliados contra o impeachment, ao qual chamam de golpe, o tucano afirmou que o Itamaraty "não ficará um debate interminável" com quem questiona o processo que afastou a petista.
"Tem muita gente fora do Brasil que ficou sem informação, sem entender. É interessante ver os ministros estrangeiros, o pessoal curioso, mas para eles está ficando muito mais claro o que aconteceu", disse.
"Não vale a pena escalar [as disputas com estes países]. É melhor que os fatos sejam mostrados e que seja melhor construir uma política externa mais consistente e independente".
Ele considerou "sem significado nenhum" o manifesto de um grupo de deputados do Parlamento Europeu pedindo que fossem suspendidas as negociações de um acordo entre Mercosul e União Europeia devido ao impeachment.
Serra criticou ainda o ex-chanceler Celso Amorim e o ex-assessor internacional da Presidência Marco Aurélio Garcia, que consideraram a nova política externa do Itamaraty "de direita".
EMBAIXADAS
Sobre o fechamento das embaixadas no Caribe e na África, ele voltou a afirmar que não há nenhuma decisão fechada. Embora tenha criticado o excesso de embaixadas caribenhas, defendeu o estreitamento das relações com a África.
Questionado a respeito da situação na Venezuela, ele disse que é necessário pressionar o governo de Nicolás Maduro "com a opinião pública mundial e no processo de negociação da Unasul" pela liberação dos opositores presos.
Ele, no entanto, se negou a opinar sobre a retirada do governo venezuelano. "Não vou dar uma opinião como ministro das Relações Exteriores".
*Via Folha de São Paulo

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